O audiovisual movimenta, diretamente, R$5 bilhões em São Paulo


A cultura, tão negligenciada e atacada nos último anos, é parte importante na engrenagem que movimenta a economia brasileira – gostem os críticos, ou não.

Segundo a Ancine, Agência Nacional de Cinema, o mercado audiovisual brasileiro produziu valor adicionado maior do que as indústrias têxtil e farmacêutica em 2018, considerando também outros mercados adicionais que o setor gira, como hotelaria, alimentação e transporte.

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Já um estudo feito pela Spcine em parceria com a Secretaria Municipal da Fazenda, o IBGE e a Ancine mostrou que em São Paulo, que concentra 40% das indústrias de audiovisual do país, o setor movimenta R$ 5 bilhões e outros R$ 6 bilhões em áreas relacionadas. Além disso, a produção de filmes, séries, games e iniciativas de realidade virtual emprega cerca de 210 mil pessoas anualmente, além de outras 290 mil de forma indireta.

Outro dado que impressiona é o quanto o audiovisual é importante para a economia paulistana: cada real investido gera R$20 de volta para a economia. Em âmbito nacional, cada real investido por mecanismos como as leis de incentivo e o Fundo Setorial do Audiovisual retorna R$15 em impostos aos cofre públicos.

O fato é que o setor audiovisual e a cultura como um todo são um mercado estratégico para a economia, que gera empregos e arrecadação de impostos, e deveria receber mais apoio e investimento, à parte de qualquer ideologia política ou opinião pessoal.

“A sociedade conhece pouco os dados do setor audiovisual. Não tem como a gente debater políticas para o setor sem entender quão estratégico ele é”, afirma Viviane Ferreira, presidente da Spcine.

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