Você já deve ter ouvido que algum famoso na internet foi “cancelado”. Geralmente, isso acontece devido a uma fala ou comportamento julgado inadequado pelo público e desencadeia uma onda de comentários negativos, ataques e ódio por parte da audiência.
Tão frequente entre a Geração Z, o cancelamento não se restringe apenas a pessoas, mas também a marcas.
Uma pesquisa realizada pelo Grupo Consumoteca mostrou que 50% dos jovens entrevistados já cancelaram alguma marca. A pesquisa “Geração Z Pelas Lentes Latinas” foi feita com 2 mil jovens de 17 a 24 anos, que moram no Brasil, Argentina, Colômbia e México, pertencentes às classes A, B e C.
“Cancelar” uma marca significa boicotar, parar de comprar, criticar diretamente a empresa nas redes. Essa reação acontece quando a marca é envolvida em algum escândalo, como casos de racismo, gordofobia, machismo tanto na comunicação quanto presencialmente.
A Geração Z está atenta não só ao preço e qualidade do produto ou serviço que consome, mas também se a empresa está alinhada aos seus valores. Esse público costuma se conectar com as marcas de forma mais profunda. A vantagem é que, quando essa relação é estabelecida, as chances desses consumidores se tornarem fiéis à marca são altas, bem como o nível de exigência com as atitudes e posicionamento da marca.
Apesar de rígidos, o público jovem também não tem problema em mudar de ideia e reconsiderar. A questão não é exigir uma marca perfeita que nunca erra, mas que reconheça suas falhas e aja, de fato, no intuito de corrigir os problemas de forma transparente. Entre os entrevistados que já cancelaram alguma marca por conta de um escândalo, 20% disseram que esse “cancelamento”, enquanto 30% romperam relações com a empresa.
